A doença de Parkinson é conhecida pelos seus sintomas motores, alguns deles são: tremores, rigidez muscular, lentidão dos movimentos e alterações na fala, mas suas ramificações vão além do sistema neuromuscular. Essa doença degenerativa pode também afetar a saúde ocular, trazendo uma série de complicações que precisam de atenção.
Segundo o artigo da Revista Científica Saúde e Tecnologia da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (N.º 28 – Maio 2023) as duas principais funções visuais mais afetadas na doença de Parkinson são:
- A sensibilidade ao contraste, que atrapalha a função visual, especialmente em situações de pouca luz, nevoeiro ou brilho, quando o contraste entre os objetos é reduzido.
- E a visão cromática, que é a capacidade de distinguir as cores, de ver durante a noite e de ver lateralmente.
O artigo ainda detalha que as alterações na visão funcional, que é a capacidade de cada pessoa para usar a visão nas atividades diárias da vida, surgem, normalmente, nas fases avançadas da doença, enquanto que na função visual, que é a capacidade de enxergar com clareza e nitidez durante o dia a dia, surgem em fases mais precoces.
Assim a disfunção óculo-visual é cada vez mais reconhecida com uma manifestação não motora da doença de Parkinson. Suas complicações na saúde ocular podem ser igualmente debilitantes, impactando a qualidade de vida dos pacientes.
Como cuidar da saúde dos olhos melhora a qualidade de vida do paciente que tem a Doença de Parkinson?
Preocupar-se com a saúde dos olhos é crucial no cuidado abrangente de pacientes com Doença de Parkinson, detectar e tratar as funções visuais mais afetadas ajuda a diminuir complicações e permite intervenções precoces e melhor gerenciamento da doença, aumentando assim a qualidade de vida dos pacientes.
A Doença de Parkinson não se limita aos seus sintomas motores visíveis, as complicações na saúde ocular podem ser igualmente debilitantes, impactando a qualidade de vida do paciente. É fundamental que os profissionais da saúde trabalhem de forma conjunta, abordando tanto os aspectos motores quanto os oculares da doença.
Por que é importante se consultar com um neurooftalmologista no tratamento da Doença de Parkinson?
- Avaliação de distúrbios visuais: A Doença de Parkinson pode afetar os músculos oculares e causar distúrbios visuais, como visão dupla ou dificuldade de focalização. Um neurooftalmologista pode avaliar esses problemas e fornecer tratamentos adequados.
- Monitoramento de problemas oculares: Alguns pacientes com Parkinson podem desenvolver condições oculares específicas, como blefaroespasmo (contração involuntária dos músculos ao redor dos olhos) ou apraxia do olhar (dificuldade em direcionar o olhar voluntariamente). Um neurooftalmologista pode monitorar esses problemas e recomendar intervenções para melhorar a qualidade de vida do paciente.
- Avaliação da saúde ocular geral: Além dos sintomas diretamente relacionados à Doença de Parkinson, os pacientes também podem desenvolver outras condições oculares comuns, como catarata ou glaucoma. Um neurooftalmologista pode realizar exames de rotina para detectar e tratar essas condições precocemente.
Consulte nosso neurooftalmologista como parte da sua equipe multidisciplinar no tratamento da Doença de Parkinson, isso irá garantir que os problemas oculares, a partir da doença, sejam adequadamente avaliados e tratados, melhorando sua qualidade de vida.